Goiás Velho: tudo é arte, estilo e história

  • 26/07/2017
(Foto: Reprodução)
Goiás Velho, a cidade de Cora Coralina, foi uma bela e agradável surpresa. O município, que foi capital do estado, foi reconhecido em 2001 como Patrimônio Histórico da Humanidade, com população aproximada de 24.700 habitantes. Por sua arquitetura barroca peculiar, suas tradições seculares e pela exuberante flora que acerca, Goiás de Bartolomeu Bueno Silva fundou, em 1927, como Arraial de Sant'Anna. No meio do cerrado goiano, um presente. Viajamos muito em estradas horríveis com alguns caminhões e nada de carros, postos ou gente. O entorno era só cerrado e mais nada, mas era bonito, interessante e diferente. Não sei como seria se houvesse algum problema na estrada. Graças a Deus tivemos uma boa viagem com nosso roteiro de São Paulo até Goiânia, uma cidade planejada e ótima, onde alugamos um carro e partimos para um leilão de gado em uma fazenda ainda mais engraçada no meio do nada. Foi lá que resolvemos passear e caímos neste lugarzinho do mundo onde tudo é arte, estilo e história. Realmente é para meditar a respeito. Cora Coralina nasceu em 20 de agosto de 1889, passou a infância em Goiás Velho, saiu apenas para São Paulo, em 1934, quando se casou com o advogado Canídeo Tolentino Bretas e foi morar em Jaboticabal, outra cidade pacata do interior. Voltou a Goiás Velho, quando viúva em 1956, para a mesma casa onde morara, onde escreve sua obra definitiva inspirada em seu lugar de origem. Hoje sua casa é um museu ao lado do rio. No porão de sua casa, ela fez um canal onde havia água encanada, um luxo. E, desta forma, tinha água fresca e limpa do rio. A emoção é imensa e o orgulho de ser brasileira vale a longa viagem. Além de Cora, o artesanato local faz a vida e a economia da cidade. Como se não bastassem as surpresas, chegamos pela manhã e a cidade era pacata. Fomos almoçar e não sabíamos qual dos vários restaurantes escolher, um mais bonito e mais charmoso que o outro. Pequi é perigoso…Aliás, cuidado, porque comi um arroz com pequi (fruta que dá em árvores e feito junto com arroz ou frango, fica delicioso e não pode mastigar) e, ao mastigar o fruto, fui parar no hospital para retirar os espinhos de minha boca. Então, vá com calma. Quando saímos do restaurante e depois do hospital, a cidade era outra, cheia de vida, com muitos jovens e só aí descobrimos que a cidadela é uma cidade universitária onde moram milhares de jovens de todo o Brasil. Surpresa! O fato deles saírem mais tarde é que as festas vão até altas horas e, assim, a manhã é para descansar. O Festival de Cinema e Vídeos Ambientais (Fica), atualmente o maior festival de cinema ambiental do planeta, é realizado em Goiás Velho desde 1999, anualmente, no mês de junho. Além deste evento, existem outros religiosos e agropecuários. Sugestão: vá para lá. O Brasil oferece grandes surpresas agradáveis. Casa onde viveu Cora CoralinaRecadinho de Drummond para Cora Coralina: "Minha querida amiga Cora Coralina: seu 'vintem de cobre' é para mim, moeda de ouro e de um ouro que não sofre as oscilações do mercado. É poesia das mais diretas e comunicativas que já tenho lido e amado. Que riqueza de experiência humana, que sensibilidade especial e que lirismo identificado com as fontes da vida! Aninha hoje não nos pertence. É patrimônio de nós todos que nascemos no Brasil e amamos a poesia. De artista para artista. De Carlos Drummond de Andrade".

FONTE: https://g1.globo.com/sao-paulo/sao-jose-do-rio-preto-aracatuba/blog/do-mundo-para-o-interior-paulista-por-valeria-foz/post/goias-velho-tudo-e-arte-estilo-e-historia.html


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